Luís Tomé
Professor Catedrático de Relações InternacionaisNo contexto da guerra Hamas-Israel, os Houthis do Iémen têm atacado navios comerciais, colocando em risco a navegação entre o Mar Vermelho e o Oceano Índico através do estreito de Bab el-Mandeb por onde transitam mais de seis milhões de barris de petróleo por dia e 30% do tráfego mundial de porta-contentores, e cuja passagem demora menos nove dias do que dar a volta a África e o transporte é 20% mais barato. Navios de guerra de EUA, Reino Unido, França e Israel têm travado os ataques Houthis, e está a ser ativada uma coligação com países árabes para combater esta ameaça à navegação. Ora, os Houthis, xiitas, são apoiados pelo Irão na guerra civil que decorre no Iémen desde 2014-15, combatendo o governo sunita internacionalmente reconhecido apoiado por países árabes liderados pela Arábia Saudita, num conflito considerado pela ONU “a maior tragédia humanitária do planeta”, com 150.000 mortos e onde 19 dos 33 milhões de iemenitas enfrentam níveis extremos de fome. Os ataques Houthis podem fazer disparar os preços do petróleo e depois de quase tudo o resto, espoletar uma nova escalada militar e agravar ainda mais a catástrofe no Iémen.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Cimeira na Coreia do Sul determinará o rumo da relações entre as duas superpotências.
A conversa "produtiva" com Putin virou Trump para Moscovo
Trump pode sentir-se legitimado e intensificar as ações militares.
O Hamas está significativamente enfraquecido.
Fez esquecer o aniversário da Organização das Nações (Des)Unidas
Reconhecer simbolicamente o que não existe não faz com que passe a existir.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos