A celebração da República, a 5 de Outubro, foi mais uma sucessão de discursos estéreis que encobriram o essencial: o regime nasceu porque a Monarquia caiu às mãos da corrupção. Em 1910, vivia-se a pré-bancarrota, causada por sucessivos casos de corrupção, o último dos quais foi o do Crédito Predial, liderado por uma administração de políticos do Partido Regenerador, de Hintze, e do Partido Progressista, de Luciano de Castro. Em desfalque desde 1902, tinha incobráveis de valor astronómico, 800 contos! A corrupção estava em roda livre. Era o escândalo Hinton, relativo ao açúcar da Madeira, ou o negócio do tabaco, cujo exclusivo foi atribuído à Família Burnay. Foi ainda a “Salamancada”: os mesmos Burnay iriam construir a linha ferroviária de Barca d’Alva a Salamanca, a troco duma renda de 135 contos; o projecto faliu, a Fazenda assumiu 4000 contos de dívidas. A monarquia – e também os regimes seguintes – caiu às mãos da corrupção. Quem não a combata, acaba por implodir.
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Mais de 50 anos depois de 25 de abril, o direito a falar tem que prevalecer.
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