Em apenas 15 dias, 35 alunos desistiram da escola da PSP. Uma média de duas saídas por dia, apesar da tentativa do Governo em apostar no recrutamento. O problema não é a idade, nem o número de vagas: é o desinteresse pela profissão. Ser agente da PSP não é um sonho de infância, mas um caminho árduo, mal pago e pouco reconhecido. A farda, que deveria simbolizar orgulho e respeito, transformou-se num peso que muitos não querem carregar. O risco é elevado e a responsabilidade imensa. Entre salários baixos, horários ingratos e falta de valorização social, o destino parece inevitável: a PSP não é atrativa. No imaginário das crianças, o herói não é o polícia que defende o bem comum, mas a figura que a sociedade recompensa melhor. No fim, estar do lado certo da história não enche frigoríficos, não paga contas — e a bondade, infelizmente, deixou de ser um mérito.
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O Estado hesita, e nessa hesitação perde-se algo essencial: a ideia de que a lei não é decorativa. Porque a Justiça que tarda não é apenas injusta - é perigosa.
Mariana provou que a justiça não é para todos.
Quem é chamado a gerir o que é de todos deve aceitar sem reservas o escrutínio.
Enquanto o debate público insistir na culpa da vítima e não na responsabilidade coletiva, continuaremos a falhar - às mulheres, às crianças e à própria ideia de justiça.
Quando estão em causa políticos, a prioridade deveria ser sempre a clareza, a confiança e a responsabilização.
Quando uma decisão de inconstitucionalidade acontece, o debate devia a ser outro.
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