O depoimento de Campos e Cunha, no julgamento da ‘Operação Marquês’, diz muito dos mitos criados à volta de José Sócrates. De quem vendia em público ser um estadista - e que sonhava até vir a ser Presidente da República -, mas que era irascível em privado. O que Campos e Cunha contou foi a história de um país à beira da desgraça. Um primeiro-ministro que queria a todo o custo o amigo Vara na Caixa Geral de Depósitos, enquanto apresentava uma solução de TGV “financeiramente inconsequente”. Campos e Cunha revelou ainda que ao fim de quatro meses no Governo bateu com a porta, porque não estava disponível para vender a dignidade e meter “camaradas” do PS na administração da CGD. Só aí, lembrou, dormiu uma noite descansado. Pelo menos ele, que nós cá continuámos com José Sócrates nos ‘descomandos’ deste Portugal.
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O que Campos e Cunha contou foi a história de um país à beira da desgraça.
O que é inadmissível não é só a falha do sistema, mas como a dignidade de Umo Cani foi destruída.
Pela primeira vez, três juízes desembargadores sentam-se no banco dos réus - um gesto simbólico que abala a própria ideia de justiça.
Hoje, ao ver figuras como André Ventura clamar por um “Salazar moderno”, somos lembrados do perigo de reescrever a história.
O que parece um processo democrático é, na prática, uma aritmética distorcida.
Juízes, com os seus rituais solenes, mantiveram a condescendência.
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