O depoimento de Campos e Cunha, no julgamento da ‘Operação Marquês’, diz muito dos mitos criados à volta de José Sócrates. De quem vendia em público ser um estadista - e que sonhava até vir a ser Presidente da República -, mas que era irascível em privado. O que Campos e Cunha contou foi a história de um país à beira da desgraça. Um primeiro-ministro que queria a todo o custo o amigo Vara na Caixa Geral de Depósitos, enquanto apresentava uma solução de TGV “financeiramente inconsequente”. Campos e Cunha revelou ainda que ao fim de quatro meses no Governo bateu com a porta, porque não estava disponível para vender a dignidade e meter “camaradas” do PS na administração da CGD. Só aí, lembrou, dormiu uma noite descansado. Pelo menos ele, que nós cá continuámos com José Sócrates nos ‘descomandos’ deste Portugal.
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O Estado hesita, e nessa hesitação perde-se algo essencial: a ideia de que a lei não é decorativa. Porque a Justiça que tarda não é apenas injusta - é perigosa.
Mariana provou que a justiça não é para todos.
Quem é chamado a gerir o que é de todos deve aceitar sem reservas o escrutínio.
Enquanto o debate público insistir na culpa da vítima e não na responsabilidade coletiva, continuaremos a falhar - às mulheres, às crianças e à própria ideia de justiça.
Quando estão em causa políticos, a prioridade deveria ser sempre a clareza, a confiança e a responsabilização.
Quando uma decisão de inconstitucionalidade acontece, o debate devia a ser outro.
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