A reação de Fernanda Câncio à entrevista de Cristiano Ronaldo revela mais sobre a jornalista do que sobre o jogador. Ao atacar Ronaldo por elogiar o papel de Georgina como mãe e gestora da casa, Câncio procura protagonismo através da indignação fácil. O discurso moralista cai mal, dias depois de afirmar a juízes que desconhecia a origem do dinheiro que pagava as suas férias. Criticar CR7 é esquecer que a coerência se exige a quem aponta o dedo. É legítimo discordar das palavras do futebolista, mas transformar cada frase num julgamento de caráter é hipocrisia. A jornalista esquece-se que a credibilidade não se constrói com ataques seletivos e o moralismo de Câncio esbarra nas suas declarações no processo ‘Marquês’: recusou dizer se José Sócrates foi, ou não, o seu namorado, mas afinal era ele quem pagava tudo. Para feminista, estamos entendidas.
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O Estado hesita, e nessa hesitação perde-se algo essencial: a ideia de que a lei não é decorativa. Porque a Justiça que tarda não é apenas injusta - é perigosa.
Mariana provou que a justiça não é para todos.
Quem é chamado a gerir o que é de todos deve aceitar sem reservas o escrutínio.
Enquanto o debate público insistir na culpa da vítima e não na responsabilidade coletiva, continuaremos a falhar - às mulheres, às crianças e à própria ideia de justiça.
Quando estão em causa políticos, a prioridade deveria ser sempre a clareza, a confiança e a responsabilização.
Quando uma decisão de inconstitucionalidade acontece, o debate devia a ser outro.
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