Dizem as sondagens que, se fosse hoje, o presidente do Chega, André Ventura seria primeiro-ministro. Não sei se será assim nas urnas. Sei, sim, que parte da campanha do Chega se constrói com meias verdades ou mentiras descaradas, em vídeos montados em tom de indignação, nunca com mais de um minuto e propagados nas redes sociais. Exemplo disso: no Porto, o candidato grava um vídeo acusando Rui Moreira de querer subsidiar mesquitas e ostracizar a Igreja Católica. Manipula excertos de uma declaração em que Rui Moreira criticava uma negociata do episcopado que despejou idosos católicos, “brancos” e portugueses. O Chega distorce, mente sem pudor, porque na lógica deles vale tudo. Jogam com a iliteracia, com o ressentimento, com a raiva. Podem até ganhar, mas se vencerem, perdemos todos. E perderá a liberdade e a democracia.
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O Estado hesita, e nessa hesitação perde-se algo essencial: a ideia de que a lei não é decorativa. Porque a Justiça que tarda não é apenas injusta - é perigosa.
Mariana provou que a justiça não é para todos.
Quem é chamado a gerir o que é de todos deve aceitar sem reservas o escrutínio.
Enquanto o debate público insistir na culpa da vítima e não na responsabilidade coletiva, continuaremos a falhar - às mulheres, às crianças e à própria ideia de justiça.
Quando estão em causa políticos, a prioridade deveria ser sempre a clareza, a confiança e a responsabilização.
Quando uma decisão de inconstitucionalidade acontece, o debate devia a ser outro.
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