Houve um tempo em que a minha sobrinha Maria Luísa garantia que Dona Elaine, a discreta governanta deste eremitério de Moledo, não passava de uma reaccionária profissional que actuava a coberto de uma máscara afável e simpática. Havia dois erros na suspeita: primeiro, Dona Elaine era uma reaccionária amadora e despreocupada; depois, não era afável nem, à primeira vista, simpática. Isto tinha vantagens, porque as suas funções não incluíam a obrigação de fazer amizades mas o dever de comandar e administrar esta casa, tendo quase sempre a última palavra sobre o que ocorre para cá do portão de entrada. O resto – as suas semanas de férias, as devoções particulares, os seus aposentos, as novelas na televisão, as inimizades – era com ela.
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A loiça mantém-se, mas o tom cerimonioso desapareceu.
Contra todas as evidências, o mundo continua a interessar-me.
Tanto produzia catástrofes como pantomineiros.
A lareira só se acende nas vésperas do Natal.
Com um humor finíssimo e sem amargura.
Extasiou-se com as notícias do roubo das jóias de Eugénia de Montijo em plena luz do dia parisiense.
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