Porque é que nos impressionam as fotografias de Sebastião Salgado? Porque a sua beleza, mesmo quando nos confronta com a dor mais intensa, o sofrimento, a injustiça, a pobreza, a destruição da natureza (a sua grande causa), é a grande ventania que percorre a sua arte. Passa de uma fotografia a outra, como uma ameaça. O brasileiro Sebastião Salgado (1944-2025), que morreu na última sexta-feira, escolheu fotografar a preto e branco porque isso confere mais intensidade às imagens, obrigando-nos a despertar do conformismo e a escapar à teia da dispersão. As fotografias de ‘Génesis’, um livro de 2013, fazem-nos olhar para a origem do mundo, os animais, a natureza; ‘Terra’, de 1997, com prefácio de Saramago, obriga-nos a não esquecer o rosto daquelas biografias de sofrimento e pobreza. Há um olhar político na objetiva de Salgado? Naturalmente, o que não significa que seja um político. Fotógrafo de rara intensidade, ele mostrou o mundo – os políticos deviam saber mudá-lo para que esta beleza difícil não fosse tão amarga.
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