Para assinalar os 450 anos da fundação de São Paulo, a TV Globo fez um concurso para “a canção da cidade”. Inesperadamente, em vez de “Sampa”, de Caetano Veloso, a canção vencedora foi “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa (1910-1982), um paulista do interior, filho de imigrantes italianos (o nome verdadeiro era João Rubinato), humorista, pobretanas, notívago e cantor dos bairros. “Trem das Onze” (“Não posso ficar nem mais um minuto com você...”) é uma canção prodigiosa, cómica, que marcou o samba paulistano e toda a carreira de Adoniran, que tem a figura malandra de um ator italiano, com bigodinho e chapéu, muito faceto. É um génio. Lembram-se de “Saudosa maloca”, “Iracema”, “Samba do Arnesto” ou “Tiro ao Álvaro”? Esta última (popularizada em duo com Elis Regina) foi proibida pela censura brasileira por estar cheia de erros ortográficos – mas a música de Adoniran sobreviveu, na sua voz de artista da rádio, com os Demónios da Garoa – ou na interpretação de muitos outros. Passam hoje 115 anos sobre o seu nascimento.
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