Toca a sirene dos bombeiros. O silvo escuta-se a quilómetros, ao longo da planície saloia. É sinal de meio-dia. Os homens à jorna pousam a enxada, limpam suores e preparam a bucha do almoço. Poucos têm relógio. Muitos andam longe de casa, cavando pomares e podando vinhas. Era assim nas décadas de 50, 60 e 70. Ainda hoje, apenas por tradição, a sirene dos bombeiros toca ao meio-dia. Os poucos à jorna não precisam da sirene - ou têm relógio ou telemóvel. Por graça, espoletado o assobio, dizia-se então: "Ou é fogo ou é meio-dia!" E se vinham as chamas iam todos a reboque apagar o fogo à nascença. Repete-se ano após ano que o abandono dos campos, sobretudo no interior, é o principal causador de incêndios. É óbvio. Não há ninguém por montes e vales. Muitos herdeiros de pequenas parcelas de floresta nem sabem onde fica o seu terreno. O cadastro florestal (inventário dos terrenos e a quem pertencem) avança a passo de caracol. Aponta-se que 25% dos incêndios resultam de fogo posto mas é falácia apontar o dedo só a doidos incendiários. Nem todos os fogos são premeditados, resultam de descuidos, queimadas, fogueiras mal apagadas e... fogos de artifício no pico do calor.
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