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Carlos Rodrigues

Carlos Rodrigues

Diretor

"Há um antes e um depois da confirmação da candidatura de Ventura"

30 de outubro de 2025 às 00:32

As eleições presidenciais de janeiro têm tudo para decorrer debaixo de um ambiente de forte tensão política. Desde logo, porque há um candidato por partido, e isso cria um ambiente de segunda volta das legislativas. Além disso, esses candidatos opõem-se, grosso modo, ao homem que vem de fora do universo político, o almirante Gouveia e Melo. Essa tensão entre o sistema e o antissistema tem tudo para gerar uma forte discussão sobre tudo o que de mau rodeia os partidos que têm sustentado a democracia nestes mais de 50 anos. No fundo, há o risco de transformar as presidenciais numa espécie de julgamento do sistema partidário, e isso não é bom.

Mas a maior antítese nem sequer é esta entre o sistema e o antissistema. O grande agitador da pré-campanha e da campanha eleitoral é a entrada fulgurante de André Ventura. Há um antes e um depois da confirmação deste candidato. Se até à chegada de Ventura as presidenciais giravam em torno do perfil de Gouveia e Melo, a maior parte das discussões mudou de agulha, e hoje o tema principal passou a ser Ventura, seja por causa dos cartazes, seja pelas invocações de Salazar, seja, pelo contrário, pela pergunta que caiu na moda, feita a todos os outros candidatos, sobre se dariam posse a um Governo do Chega, como se isso fosse normal em democracia.

Virão aí dois meses e meio de presidenciais em que se discute unicamente o papel de Ventura nesta eleição?

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