Entre 1962 e 1963, dois anos apenas, o argentino Julio Cortázar (1914-1984) publicou dois dos livros mais importantes da literatura sul-americana, ‘Histórias de Cronópios e de Famas’ e ‘Rayuela. O Jogo do Mundo’. No primeiro, Cortázar inventa personagens fantásticos, entre o verosímil e o inverosímil, arrancados a um bestiário pessoal; no segundo (uma gigantesca história em três partes, misto de enciclopédia e tabuleiro de xadrez), mostra como o romance pode ser um labirinto, como o tinham provado Laurence Sterne, Cervantes ou Machado de Assis. Depois de alguém ler ‘Rayuela’, há de parecer-lhe que o romance com princípio, meio e fim deixa de ser um padrão e passa a ser apenas uma velharia confortável. Cortázar, que viveu quase toda a sua vida em Paris, auto-exilado, é uma das grandes figuras da literatura do século XX, morreu faz hoje 40 anos. Imagino-o sentado a uma mesa, com Jorge Luis Borges, a beberem cafezinhos e conhaque.
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