Há anos, quando os políticos fascinados pelo “admirável mundo novo digital” tinham explosões de júbilo com as “redes sociais”, os “algoritmos flexíveis”, as plataformas em rédea solta e, agora, com a IA, havia uma série de pessimistas a pedir cautela. Sempre que vejo um pessimista fico feliz. Anteontem, numa cimeira dedicada à “soberania digital europeia” (no digital não há soberania, faço questão de informar), o presidente francês dizia que a mixórdia que se vive na net acontece por causa dos americanos, que confundem liberdade com o “faroeste”, e dos chineses, malignos – e que a Europa deve erguer barreiras à salgalhada. Descobrindo a sua veia moralista, Macron acha que os adolescentes passam tempo demais na internet graças a esses artífices do demónio. Já vai tarde: os miúdos americanos estão à beira da palermice há muito tempo; os chineses têm rédea curta, regras e horários rígidos. Os europeus querem o melhor dos dois mundos, o que não pode ser; mas podem começar por respeitar os próprios valores europeus.
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Europeus querem o melhor dos dois mundos, o que não pode ser; mas podem começar por respeitar os próprios valores europeus.
Sim, 50 anos depois devemos-lhes muito.
PS precisa de reafirmação oposicionista como de pão para a boca.
Tenho medo dos heróis que querem salvar a Nação.
Fomos seguramente dirigidos, enquanto País, por um desprezível psicopata.
Os políticos presentes na WebSummit dão uma imagem longe de ser abonatória.
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