A edição de hoje
Bruno Pereira
Presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de PolíciaEsta semana o Governo veio refazer a [sua] proposta inicial de atualização dos suplementos, assunto que não cabe no objeto do acordo, sensível, pensamos nós, a quase 20 anos de estagnação dos mesmos, agudizada pela assimetria dos mesmos por comparação às demais carreiras da administração, querendo com isso passar uma mensagem de compreensão e solidariedade, tudo isto enquanto não se revê, a fundo, todo o regime e quadro remuneratório. Ora, ao propor uma atualização de 2,15% em todos os suplementos, que traduz um investimento global de cerca de 890 mil euros, o Governo consegue aumentar em média, pasme-se, cerca de 3 a 5 euros no rendimento global de cada Polícia e Militar, não mais de 50 euros de aumento anual.
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Os Polícias não pedem o mundo, mas dar-lhes centavos mostra bem como os [não] respeitamos.
Caso a PSP tivesse direito à greve, provavelmente as prioridades se inverteriam.
Serviço policial não de ser vista como uma espécie de black friday, sempre em preços de saldo, mais em conta que a segurança privada.
Mesmo cansados de serem esquecidos, não viram as costas, mesmo que outros não lhes reconheçam o mérito que vai para lá da farda.
Os Polícias conseguem fazer tudo isto apesar de serem continuamente esquecidos.
Não fosse o aumento do suplemento, os Polícias estariam a ganhar menos.
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