Tendo em conta a aversão, que em alguns casos roça a repugnância, de 60% dos norte-americanos em relação a Donald Trump, a vitória do “socialista-democrata” Zohran Mamdani, em Nova Iorque, é histórica, mas não totalmente inesperada. Político de apenas 34 anos e cidadão dos EUA só desde 2018, Mamdani usou para a vitória as mesmas armas que levaram Trump ao poder: uma campanha focada nas questões económicas, um discurso disruptivo e tudo isto turbinado nas redes sociais com vídeos gravados em inglês, mas também em espanhol, árabe, bengali ou urdu, como não poderia deixar de ser na cidade do mundo que é Nova Iorque. As publicações do candidato muçulmano atraíram maioritariamente o eleitorado jovem, virilizaram rapidamente no Youtube e no Tik Tok e foram determinantes para Mamdani esmagar nas áreas onde Trump tinha vencido. Porque ao contrário do presidente, o futuro ‘mayor’ preferiu ir para a rua ouvir os problemas das pessoas, em vez dar lições baseadas no ódio ou na mentira.
A vitória do homem que a direita radical nos EUA já catalogou de comunista pode dar um impulso significativo à ala progressista democrata, mas vai também reforçar a polarização do partido e a fórmula dificilmente será replicada na América que vai continuar a querer ser “abençoada por Deus” a experimentar práticas de inspiração soviética, como a criação de supermercados geridos pelo município na Meca do capitalismo.
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